CINE-DEBATE

1 - "O uso do cinema no ensino e na compreensão de fatos históricos: um olhar sobre o filme “Quanto Vale ou é por quilo?” 

Coordenador: Sandro Leite

Resumo: O filme “Quanto vale ou é por quilo?”, dirigido por Sérgio Bianchi, com roteiro de Sérgio
Bianchi, Eduardo Benaim e Newton Canitto, em 2005, narra as inquietações de Arminda, quando ela descobre que o projeto em que trabalhava, atuando junto a uma ONG, recebera computadores superfaturados. Ao tentar reverter esse problema, Arminda entra em confronto com Ricardo Pedrosa, um dos presidentes da ONG e como se torna uma ameaça para Ricardo, ela precisa ser eliminada. Essa tarefa é atribuída a Candinho, um jovem recém-casado com Clara, que está grávida. Desempregado Candinho não tem outra saída senão matar Arminda, também grávida. No final do filme temos duas possibilidades de desfecho: no primeiro, Candinho atira em Arminda e no segundo, Arminda tenta persuadi-lo a tirar dinheiro de Ricardo. (NAGAMINI, 2008). O filme transpõe a escravidão do século XVIII para diversas situações de escravidão no século XXI perpassando por três momentos históricos: o século XVIII, o século XIX e a atualidade. Isso nos proporciona um debate sobre questões relacionadas à escravidão no século XVIII e XIX e seus vestígios nos dias atuais a partir do que (RÜSEN, 2010) denomina consciência histórica, ou seja, quando damos sentido e relacionamos nosso presente a experiências do passado. Pois é através do entendimento do passado que poderemos dar significado ao presente possibilitando ao sujeito a constituição de uma identidade social e individual. Partindo desse pressuposto levantaremos alguns questionamentos como: a escravidão realmente acabou? Quais são as novas formas de escravidão? Como os esquemas de corrupção são mostrados no filme? Quem são os novos capitães do mato? Assim, a partir de tais questionamentos que trataremos o filme como objeto de auxílio nas aulas de história, ajudando na compreensão da realidade histórica, agindo como facilitador do conhecimento. Pensamos em problematizar o filme com os alunos da educação básica, em um modelo informal de aula, partindo da metodologia do cine-debate que visa assistir o filme com um olhar critico, problematizando e dialogando com os discentes. Incentivaremos nos alunos o ato de refletir e criticar historicamente sua condição enquanto sujeito, que faz parte do processo histórico da transformação social. Sobre o uso de filme na sala de aula, segundo Schmidt, trata-se de “levar à superação da compreensão do documento como prova do real, para entendê-lo como documento figurado, como ponto de partida do fazer histórico na sala de aula” (1998, p. 62). Assim é possível entender que não existe uma verdade histórica, mas sim, versões dos fatos que podem ser interpretados pela História.


2 - ""Besouro", Cinema e Ensino: Um novo olhar sobre o pós-abolicionismo e o ensino de História"

Coordenador: Reinan Mota

Resumo: Em 13 de Maio de 1888 foi decretada, pela Princesa Isabel, a abolição da escravidão no Brasil, mas na realidade, este fato não aconteceu em todos os Estados do País, entre os quais figuram Bahia e Pernambuco. Em busca dessa liberdade, muitos escravos lutavam para ver se livres dos grandes opressores – senhores de engenho e seus capatazes – que ainda mantinham muitos negros escravizados pelas suas próprias leis. Percebe-se nesta o processo abolicionista passando por grandes transformações, as quais podem ser refletidas na atualidade. O filme Besouro apresenta tais questões a partir de diversas representações desse momento histórico, por isso pode ser importante recurso didático - linguagem fílmica - para compreender a História na sala de aula. Através do recurso fílmitico, podem-se observar as lutas, crenças e resistências promovidas por negros que farão da liberdade efetiva uma bandeira a ser levada a todos os espaços de opressão. Para alcançar tais objetivos serão utilizados como referencial teórico-metodológico Ferro (2010), Napolitano (2010), Bernard (2009) e Rodrigues (2001).


3 - "Preciosa - Uma História de Esperança: Um olhar sobre as opressões de gênero, raça e classe"

Coordenador: Ian Lopes



4 - "Vista a Minha Pele: Cotidiano Escolar e Relaçoes Étnico-Raciais"

Coordenadora: Dandara Silva



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